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18 de setembro de 2010

Animismo versus Mecanicismo

Animismo versus mecanicismo

A Conscienciologia busca o aproveitamento do que há de melhor no conhecimento humano, de acordo com sua premissa essencial: a consciência é o principal centro, foco, ponto ou núcleo para o qual são direcionadas as pesquisas, considerando-se sua existência e manifestação com características diferentes da energia e conseqüentemente da matéria (química, bioquímica, biologia, fisicalidade). Com isto, o que se quer afirmar é a existência, atuação e manifestação da consciência além da matéria, ou mesmo fora dela, agindo através da energia ao invés de ser gerada por esta última. Em última instância, a Conscienciologia parte da seguinte premissa: a consciência é quem anima, dá vida aos corpos.

O verbo animar vem do latin animo, significando “dar alma ou vida” a algo. Alma, em seu conceito filosófico original pode ser definida como: princípio de vida no homem ou nos animais, ou o conjunto formado por todas as atividades características da vida (pensamento, afetividade, sensibilidade etc.) compreendidas como manifestações de uma substância autônoma ou parcialmente autônoma em relação à materialidade do corpo. Na religião é o mesmo que espírito.  Do conceito de alma, aproximam-se da abordagem da Conscienciologia, de certo modo, estas 2 linhas de pensamento:
1. Animismo: doutrina explicativa do funcionamento do corpo humano formulada pelo médico e químico alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734), com base no conceito tradicional de alma (Theoria medica vera - 1707), em oposição ao materialismo de Hermann Boerhaave e Friedrich Hoffmann.
2. Vitalismo: doutrina formulada por cientistas europeus, entre meados do século XVIII e meados do século XIX, que defendia a idéia de que os fenômenos relativos aos seres vivos, como a evolução, a reprodução e o desenvolvimento, seriam controlados por um impulso vital de natureza imaterial, diferente das forças físicas ou interações fisioquímicas conhecidas, reafirmando a antiga concepção grega e medieval de alma.

Em oposição a estas concepções (aminismo e vitalismo), temos outras duas linhas de raciocínio para sua reflexão:
1. Organicismo: concepção biológica e filosófica segundo a qual a natureza constitucional de um organismo vivo é resultado da organização mecânica dos órgãos parcialmente autônomos que o compõem, dotados de propriedades vitais redutíveis a processos físico-químicos, em oposição à crença na existência de uma força vital de natureza holística e imaterial.
2. Mecanicismo: além das definições que se aplicam a áreas como a física, na biologia moderna o mecanicismo é a doutrina que considera os seres vivos explicáveis por meio de uma série de causas e efeitos de origem estritamente físico-química, dando continuidade à hipótese cartesiana do animal-máquina.

Daniel Muniz