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18 de setembro de 2010

Auto-retratação

Auto-retratação

Retratação. O ato de retratar-se significa: retirar (o que se disse anteriormente); voltar atrás (no que se disse) como quem se desculpa; desdizer-se. A retratação é compreendida como a confissão quanto um engano, um equívoco cometido, através de declaração contrária a outra anteriormente feita, um desmentido (abjuração, desafronta, desagravação, desagravo, desdizimento, palinódia, reabilitação, reparação, volta-face, vira-face). É o ato da retificação, da regeneração, da assunção da responsabilidade.

Auto. O antepositivo "auto", vem do grego autós, trazendo a significação de “eu mesmo”, “si mesmo”.

Oportunidade. De acordo com a consciencióloga Málu Balona, no livro “Autocura através da reconciliação” (Editora IIPC – www.iipc.org) a “auto-retratação é a oportunidade de reciclar os maus exemplos deixados no caminho evolutivo” (página 164). “Para fazer a recomposição grupal pela auto-retratação será preciso reciclar a criticidade para níveis mais cosmoéticos” (página 234).

Grupo. Na pesquisa de Málu Balona, as retratações funcionam como elementos curativos nas relações com o grupo de convívio, devido a eventos prejudiciais do passado cometidos contra ou em conjunto com os convivas. Neste caso, antes, torna-se necessário o posicionamento pessoal visando reverter a situação em si mesmo, fazendo a reciclagem das posturas, pensamentos e sentimentos ainda vivos, permitindo o auto-exemplo da mudança para melhor.

Auto-exemplo. Este jornalista, na ocasião do lançamento do livro “Homo sapiens reurbanisatus” (Editora CEAEC – www.ceaec.org.br), do conscienciólogo pioneiro Waldo Vieira, com boa intenção, usou trechos de uma entrevista concedida pelo autor meses antes, visando apresentar a obra ao grande público. No entanto, com pouco discernimento, faltou explicitar que a entrevista fora realizada por outros autores, no caso, o jornalista Alexandre Nonato e a publicitária Mabel Teles, ambos voluntários do CEAEC – Centro de Altos Estudos da Conscienciologia, com sede em Foz do Iguaçu, Paraná; e que fora publicada originalmente no informativo Jornal do Campus CEAEC, de periodicidade mensal, na edição do ano 08, número 92, de março de 2003. No caso, os autores haviam autorizado a utilização do conteúdo informativo, porém, faltou-me a citação da fonte. Aqui fica portanto, uma auto-retratação junto aos entrevistadores e à instituição representada, visando o acerto devido.

Erramos. Assemelhando-se rusticamente à auto-retratação evolutiva, temos os exemplos das seções “erramos” dos jornais impressos, das revistas e outros veículos informativos (que em muitos casos deveriam ser bem maiores e explícitas). Quem faz a auto-retatação compara-se, de modo simplificado, ao apresentador do telejornal noturno, marcado na década de 1980 pelo uso, repetidas vezes, da frase “desculpe a nossa falha”.

Daniel Muniz