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18 de setembro de 2010

Reconciliações levam à autocura afetiva


Reconciliações levam à autocura afetiva

Partindo da lógica indicadora de que a autocura é a única cura possível, a consciencióloga e educadora Málu Balona propõe novos modos de encarar a necessidade pessoal de renovação. E vai além. Apresenta conceitos, técnicas e hipóteses para a promoção da autocura nos relacionamentos afetivos, evidenciando a importância das reconciliações para a melhor convivência da pessoa em grupo e consigo mesma. Segundo ela, “a reconciliação sadia de hoje é necessária para recompor a conciliação imatura de ontem”.

Ela está lançando seu segundo livro “Autocura Através da Reconciliação” (Editora IIPC) no qual traz os resultados de suas pesquisas iniciadas em 1995 sobre reconciliações e autocura. Para escrever, Balona utilizou-se de ampla pesquisa bibliográfica, experiências pessoais e atividades pedagógicas ministradas em 5 países (Argentina, Brasil, Espanha, Estados Unidos e Portugal), nas quais atendeu 5.414 alunos de 30 nacionalidades. Além disto, questionários respondidos pelos alunos de seus cursos serviram de base para análises estatísticas e para compilação da casuística apresentada.

No livro, a autora introduz o estudo da autobiografia afetiva, através da análise das relações interpessoais passadas em múltiplas vidas. “Hoje uma parte da comunidade científica aceita que a consciência não tenha sido plenamente explicada pelas ciências físicas, daí a necessidade de um novo paradigma para começar a compreender a sua verdadeira natureza. O enfoque multiexistencial amplia a compreensão dessa realidade para que cada um supere com mais rapidez os comprometimentos evolutivos pessoais e grupais gerados pelo comportamento imaturo, ignorante e inexperiente de vidas anteriores”, argumenta na introdução do livro.

Ela explica que a reconcliação é importante “pela liberação de energia que ela gera. Ao acertar os nossos passos com aqueles que convivem conosco, passamos a dispor de mais energia. A energia que se mostrava negativa, pois estava em inércia, bloqueada na manutenção do ressentimento, passa a ser direcionada para a realização das novas metas afetivas. Com isto, nossa energia se movimenta, se torna dinâmica, positiva e os resultados não tardam a aparecer”.

Para a obtenção de maior equilíbrio emocional, a consciencióloga ensina que o melhor é “não correr da raia, como se diz popularmente. Não varrer o lixo para debaixo do tapete. Emoções negativas merecem ser estudadas, compreendidas, caso contrário farão mal à saúde. É preciso enfrentar, de uma vez por todas, a nossa vida emocional. Emoção desequilibrada pode matar uma pessoa. É preciso partir para a ação. Vale a pena! No dicionário etimológico, procurar, pro-curare, tem uma raiz latina que significa buscar a cura. E quem procura, acha, questionando, por exemplo: O que está errado comigo? Qual é o verdadeiro motivo da minha insatisfação?

Daniel Muniz