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17 de outubro de 2010

Entrevista com o Ser Humano mais Evoluído do Planeta

Entrevista com o Ser Humano mais Evoluído do Planeta
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(Extraído do livro: A Última Jornada / Capítulo 4 / Pag. 59 - 63 / Robert A. Monroe)
Robert A. Monroe foi presidente do Instituto Monroe, EUA, pesquisador da Viagem Astral por décadas, autor de vários livros, trouxe novas descobertas científicas na área da Projeção Astral, contribuindo com a divulgação das Experiências Fora do Corpo (EFC's).
Robert A. Monroe estava fora do corpo, conversando com seu amparador - espírito protetor que auxilia nas EFC's - quando expressa o desejo de conhecer o Ser Humano mais evoluído da Terra ("Serenão Organizador").

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- Existe uma coisa em sua mente. Um desejo secreto que procura expressar.
- Sim... Há uma pessoa que gostaria de visitar. Você me entende.
- O ser humano mais experiente e desenvolvido do planeta Terra, vivendo em seu mesmo referencial de tempo.
- Exato. Seria mesmo possível?
- Sim, mas o resultado pode não ser o esperado.
- Mesmo assim, gostaria de tentar.
- Eu o levarei.

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Não sei por quanto tempo segui a espiral luminosa pela escuridão afora. De repente estava num quarto quase sem mobília - apenas algumas cadeiras e uma mesa. Duas janelas grandes permitiam a entrada dos raios do sol. Do lado de fora, um horto de árvores altas. Poderia ser em qualquer parte da Terra.
Num dos cantos do quarto uma pessoa de sexo indefenido se encontrava diante de uma escrivaninha. A pele muito lisa, o cabelo castanho claro, caindo abaixo das orelhas. Podia ter entre 30 e 50 anos. As roupas eram simples: apenas uma camisa branca e uma bermuda escura.
Foi a radiação, porém, que me deixou estupefato. Era como estar sob o sol radiante da primavera e envolto por todas as emoções humanas que já existiram. Uma sensação quase esmagadora e ao mesmo tempo familiar. Uma radiação perfeitamente balanceada. Por um momento masculina, no instante seguinte, feminina. Um verdadeiro Ele/Ela...Ele-Ela!
A radiação cessou. A pessoa a quem denominei Ele-Ela olhou para mim. Tinhas olhos profundos, isentos de expressão. Possuía um controle perfeito, embora eu não compreendesse a razão de tanto retraimento.
Os lábios não se moviam, mas eu escutava. Já esperava por isso. Notei uma risadinha gostosa de satisfação.

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- Ele-Ela? Nunca me chamaram assim antes.
- Não quis faltar com o respeito. Não sabia como chamá-lo.
- O nome não importa. Serve como qualquer outro. Você realmente acredita que eu possa lhe ser útil?
- Sempre desejei que sim.
- De que modo?
- Respondendo a algumas perguntas...
- Que benefício poderia obter de minhas respostas?
- Eu... não sei...
- Você insiste em que os outros obtenham suas próprias respostas. Por que com você deveria ser diferente?
(Foi como um soco direto no queixo. Senti como se meu blefe tivesse sido descoberto)
- Realmente. Na verdade meu interesse está em você e não em suas respostas.
- Sou apenas uma unidade em suas estatísticas. Uma em um milhão. Seu amigo fez um bom trabalho conseguindo me localizar.
- Você parece ocidental. Na Terra ninguém acredita que você existe, mas... já nos encontramos antes... só uma vez... não foi?
- Está vendo? Já responde às suas próprias perguntas.
- Sua vida transcorre num único corpo físico. Não tem reencarnado como todos os humanos. Mas... como sei dessas coisas?
- Está lendo minha mente.
- Só uma parte dela - e mesmo assim com sua permissão. Uma vida ininterrupta de 1.800 anos! Como pode permanecer assim... jovem?
- Estou sempre mudando de profissão. Isso mantém qualquer pessoa jovem. Gostou da resposta?
- Ótima. É um prazer encontrá-lo assim. Qual é o seu trabalho no momento?
- Você pode me chamar de organizador ou facilitador, como achar melhor.
- Com a sua capacidade, imagino que viva muito ocupado.
- Eu me mantenho ocupado.
- O quê...? Sim, estou lendo sua mente... dirige uma ambulância, trabalha à noite como barman, é psiquiatra e... vai iniciar um curso de história na universidade. E tem mais ainda.
- Gosto de gente.
- Espere... agora eu lembro bem de você, em Harris Hill... voando num planador. Sim, foi lá!
- Só estava me divertindo um pouco.
- Onde você come e dorme?
- Há muitos anos abandonei tais hábitos.
- Suas conferências sobre história devem ser fascinantes.
- Procuro sempre divertir e confundir meus ouvintes com contradições.
- E seu próximo trabalho? O que pretende fazer?
- Continuar organizando, é claro. Aplicando uma Variável, da mesma forma como você faz. Assim como este livro ou os cursos através dos quais você divulga a percepção extra-sensorial. Tudo isso acrescenta uma variável na vida das pessoas. Mas por que não deixa essas perguntas de lado e lê o que precisa ser organizado e define os objetivos a serem atingidos? Posso lhe fornecer o que você chama de EMOR (Acrônimo para Energia Mental Organizada e Relacionada transmitida de uma mente para outra. Uma onda enorme de energia, uma vibração imensamente poderosa de frequência muito alta. Um livro mental ou gravação completa com níveis mentais e sensoriais. Uma espécie de enorme carga de idéias e pensamentos condensados) a respeito de um plano que não envolva comunismo ou socialismo, capitalismo ou ditadura.
- Dizem que é impossível.
- Exatamente por isso vale a pena tentar. É precisa uma força conjunta de toda a humanidade - e isto só acontecerá a partir do reconhecimento generalizado dessa necessidade, e não através de religiões, competição, crenças políticas ou o uso de armas.
- Isso é grave. O mundo teria de estar passando por uma péssima situação.
- Esta é a razão da espera. A hora há de chegar.
- Jamais houve entendimento entre os homens em todo o mundo.
(A mesma onda de energia que sentira antes tornou a me envolver. Assim que a intesidade diminuiu, percebi que a EMOR estava instalada. Ainda tinha mais uma pergunta a fazer)
- Quando tiver um tempo, que tal organizarmos e trabalharmos essa energia em meu escritório? Precisamos muito disso.
- Na verdade você não precisa de ajuda, mas farei o melhor que puder.
- Estará em corpo físico?
- Certamente. Mas você não me reconhecerá.
- Sabe que tentarei.
- Claro, Ashaneen. E estarei pronto para você. Não poderá me encontrar a menos que eu concorde. Agora, me desculpe, mas tenho um compromisso na universidade.
- Muito obrigado mesmo. Nós nos veremos logo?
- Por enquanto não.
Ele-Ela, o Organizador, deu as costas e retirou-se sem um olhar sequer. Relutante, procurei por meu amigo INSPEC (Acrônimo para Inteligência especial, alguém presumidamente de Inteligência bem maior do que a versão humana = amparador) sem captar nenhuma radiação. Sabia que chegara a hora de retornar ao corpo físico, o que transcorreu sem nenhum problema. Assim que voltei estiquei os braços e concluí que me fora dada uma pista. Ele-Ela chamara-me pelo nome de Ashaneen. Ou teria sido apenas uma brincadeira esperta para me desorientar?
Hoje em dia observo cuidadosamente qualquer desconhecido que venha nos visitar. Deveria ter feito uma aposta.
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